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Estas sociedades comerciais tentaculares – e sobre-endividadas – têm como clientes outras sociedades semelhantes, as da grande distribuição. Carrefour e Géant Casino, por exemplo, fazem parte das maiores capitalizações na bolsa de Paris. A sua actividade é distribuir, tornar disponível tudo o que a nossa sociedade é capaz de produzir. Mesmo se a maior parte destes grupos da grande distribuição criaram as suas próprias marcas de produtos, eles nada fabricam, limitando-se a ser prestadores de serviços: eles disponibilizam. Os produtos com as suas marcas são produzidos em fábricas que muitas vezes fabricam numerosos produtos para outras sociedades. Estas fábricas são de facto empresas de subcontratação, fornecendo vários grupos agro-alimentares. Fabricam em função do caderno de encargos que lhes é imposto, e revendem a sua produção ao preço que lhes é imposto. Sejam elas fornecedoras da marca Carrefour ou Nestlé, estas fábricas têm os seus accionistas. As multinacionais do agro-alimentar ou da grande distribuição são muitas vezes maioritárias. Elas dominam assim os processos e os custos de produção dos seus produtos.
Estas fábricas têm os seus próprios fornecedores. Longe de serem multinacionais, a maior parte são empresas individuais ou familiares: são os agricultores.
Entre os agricultores, a indústria agro-alimentar e a grande distribuição, a lei do lucro é implacável.
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